Os beirais das velhas Igrejas como os beirais das velhas casas caiadas ou pintadas, entrecruzam-se , olham-se de frente , vergam-se por vezes ao peso dos anos. Mas continuam lá. Escutam o murmúrio de quem passa, de quem reza, suplica, chora ou sofre; e o beiral continua a proteger da chuva as paredes encharcadas ou ressequidas, e as andorinhas continuam a nescer por debaixo deles, indiferentes, porque elas não ouvem as preces .
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Soberba!
ResponderEliminarParec que a lente só teve "olhos" para aquele bocadinho iluminado. Parece que esqueceu tudo o resto. Fez-me lembrar as prioridades que estabelecemos no nosso caminhar, seja com os pés ou apenas com o olhar.